Apresentação do projeto

A Comissão Europeia considera importante a capacitação digital, tanto para o mundo do emprego como para a vida quotidiana, sendo as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) potenciadoras de crescimento e inovação. Segundo os dados da Comissão, a Europa precisará de cerca de 900 000 trabalhadores nas áreas TIC e de cerca de 2 000 000 se incluirmos as CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) já em 2020.

Tendo por base estes pressupostos, a Direção-Geral da Educação irá lançar este projeto-piloto, promovendo a “Iniciação à Programação no 1.º Ciclo do Ensino Básico”, desafiando os estabelecimentos de ensino públicos de Portugal Continental a nele participar, no próximo ano letivo (2015/16), com os seus alunos dos 3.º e 4.º anos de escolaridade. Esta iniciativa poderá ser dinamizada, quer na Oferta Complementar, quer nas Atividades de Enriquecimento Curricular, ficando esta opção a decidir pelos órgãos internos do Agrupamento, nos termos do estabelecido nos respetivos diplomas legais.

 

Caracterização do Agrupamento:

A aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos e a valorização do conhecimento, sempre foram prioridade, por excelência, do Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão e, consequentemente, deverá ser o fio condutor da organização. Escrever ajuda a organizar ideias e a estruturar o pensamento. A programação, para além destas competências, desenvolve o raciocínio lógico e a abordagem à resolução de problemas, sendo um novo tipo de literacia na compreensão do mundo em que vivemos. Através de um conjunto alargado de atividades pedagógicas, pretende-se principalmente desenvolver a competência do trabalho em equipa, estruturar e organizar ideias, incrementar a criatividade, fomentar o espírito crítico e resolver problemas. Constituir-se-ão como o ponto de partida para efetuar uma introdução prática à programação, utilizando os seus conceitos básicos. Partindo do pressuposto de que é em idades precoces que deve acontecer uma maior estimulação das diversas áreas da aprendizagem, uma vez que as crianças se encontram numa fase de desenvolvimento acentuada e mais propícias para aprender, o Conselho Pedagógico considera este projeto essencial para o Agrupamento. Será desenvolvido nas Atividades de Enriquecimento Curricular.

 

Projeto pedagógico AESCD

 Conceitos

  • Ciência da Computação;
  • Tecnologias da Informação;
  • Internet Segura;
  • Projeto;
  • Linguagens de programação;
  • Conceitos de resolução de problemas (decomposição; reconhecimento de padrões; abstração; algoritmos; avaliação de soluções)
  • Conceitos de Raciocínio lógico (Lógicabooleana e o estabelecimento de condições)
  • Conceitos computacionais (sequência; ciclos; condições; variáveis; gestão de eventos; execução paralela);

 Objetivos

  • Usar as Tecnologias da Informação e Comunicação de forma responsável, competente, segura e criativa;
  • Aprender os conceitos de programação e como podem ser usados em diversos âmbitos;
  • Resolver problemas, criar histórias animadas e construir jogos com recurso ao desenvolvimento de programas informáticos;
  • Promover a ligação entre a programação e as outras áreas disciplinares  (matemática, estudo do meio, português e expressões)  e/ou com as áreas transversais)

 

Metodologias e Estratégias

O Trabalho de Projeto que se centra na investigação, análise e resolução de problemas em grupo, será a metodologia a implementar. Uma das características mais marcantes do Trabalho de Projeto é o papel do aluno no processo de aprendizagem; o trabalho está centrado nos alunos porque são eles que irão escolher os temas, os problemas dos projetos que vão desenvolver, investigar e apresentar o produto final. A planificação do projeto e as tarefas inerentes à sua concretização serão da iniciativa dos alunos: caber-lhes-á escolher e dividir entre si as tarefas, bem como proceder à sua execução, estando subjacente a planificação das atividades. Este tipo de trabalho exigirá, portanto, capacidade de gestão do tempo e das tarefas.

Aos professores, caberá acompanhar, coordenar e avaliar a concretização das tarefas dos projetos e a sua divulgação, isto é, gerir, orientar e avaliar o trabalho. Como orientadores, analisarão as possibilidades reais de concretização do projeto, tendo em conta os recursos e o tempo disponíveis. Assumirão face ao projeto uma atitude de crítica construtiva, identificando os pontos fortes e os fracos para avaliar, reestruturar e melhorar o projeto.

O trabalho dos alunos desenvolver-se-á em pequenos grupos em que os elementos que os constituem se apoiarão e cooperarão. Os alunos colaborarão e, juntos, deverão procurar desenvolver o projeto a concretizar. Trata-se, portanto, de um modelo de aprendizagem cooperativa, isto é, o conhecimento constrói-se no processo de interação entre os alunos, entre estes e o professor, bem como com outros elementos da comunidade escolar.

Um dos aspetos mais marcantes do Trabalho de Projeto é o facto de se fundar no trabalho de grupo, o que permite desenvolver o sentido de responsabilidade, a solidariedade e o espírito de equipa. Este papel ativo dos alunos irá conferir-lhes maiores responsabilidades: efetivamente, a autonomia do trabalho tem como complemento a auto e a hétero responsabilização em ação e em contexto. Acresce ainda o facto de que um dos aspetos mais importantes do Trabalho de Projeto, são os conhecimentos, as experiências e os recursos dos alunos, os quais são valorizados, constituindo estímulos para a aquisição de novos conhecimentos. O professor acompanhará o desenrolar do trabalho dos grupos apoiando-os na superação de dificuldades de desenvolvimento, assim como na superação de crises, conflitos e bloqueios que surgem no decorrer do trabalho.

Ao utilizar esta metodologia, pretendemos atingir vários objetivos ao nível do saber. O desenvolvimento do projeto convoca um conjunto de conhecimentos que, geralmente, são apreendidos de forma fragmentada, veiculados nas diferentes disciplinas, o que conduz, muitas vezes, a uma visão distorcida da realidade. Ao desenvolver um projeto, os diferentes conhecimentos são conjugados para, de forma interdisciplinar, os alunos conhecerem um problema, uma questão, recorrendo a várias áreas do saber, de forma integrada, e assim concretizarem o projeto. Um outro aspeto muito importante desta metodologia consiste na aplicação dos conhecimentos à realidade concreta: este é o ponto de partida e de chegada do projeto.  

Utilizar-se-á um conjunto de técnicas de pesquisa e os alunos produzirão conhecimento sobre a realidade e poderão intervir nela. Os alunos desenvolverão um conjunto de competências, de saberes-fazer que serão úteis na sua vida escolar.

 

As fases do desenvolvimento do projeto:

1 – Identificação da situação-problema

2 – Formulação de problemas parcelares

3 – Esboço de planificação de trabalho

4 – Investigação e produção

5 – Apresentação dos trabalhos

6 – Avaliação

 

Articulações

Articulação com estudo do meio:

  • À descoberta dos outros e das instituições: reconhecer símbolos nacionais
  • À descoberta do ambiente natural: aspetos físicos do meio
  • À descoberta do ambiente natural: os astros

Articulação com matemática:

  • Números e operações
  • Figuras geométricas

Articulação com português:

  • Gramática: Graus dos adjetivos

Articulação com outras áreas transversais:

  • Educação rodoviária
  • Educação para os média
  • Referencial – aprender com a biblioteca escolar

 

Avaliação da Aprendizagem

A Avaliação será baseada em evidências:  conceitos e estratégias.

Dois aspetos da avaliação baseada em evidências serão aqui considerados:

  • Identificar, reunir e  utilizar evidências para fazer as avaliações das aprendizagens dos alunos no desenvolvimento do pensamento computacional. Usar estas evidências para apoiar a avaliação dos alunos é um princípio cada vez mais necessário no que diz respeito à avaliação das aprendizagens.
  • Tal adoção implica realizar o registo sistemático e atualizado da informação relativa aos processos e produtos da aprendizagem dos alunos, diversificando  fontes de obtenção de evidências  tais como a observação, registos e notas dos professores, artefactos desenvolvidos pelos alunos,  vídeos de demonstração de capacidades e competências dos alunos, reflexões dos alunos, avaliação do trabalho em grupo, questionários, fotografias, textos e documentos adicionais.

 

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